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terça-feira, 22 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26713: o nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (111): o crachá da CCAV 2721 (Paulo Salgado / João Moreira / João Rodrigues Lobo / José Carvalho)



Crachá da Companhia de Transportes 2345. Angola, c. 1968. (Divisa: "omnia per omnia portans", levando tudo através de tudo)



Miniguião da CCAV 2721 (Olossato e Nhacra, 1970/72)






Alguns dos crachás (badges, em inglês) de unidades e subunidades de cavalaria que passarm pelo TO da Guiné (Fonte: www.agbmorais.com, com a devida vénia)




1, Respondendo ao pedido do nosso leitor cor cav ref António Belo Morais (*):


(i) Paulo Cordeiro Salgado  

Vivam, Todos.

Gostaria de ser prestável ao Sr. Coronel António Morais. Infelizmente, não tenho o crachá da nossa companhia (a CCAV 2721), eu que até fui o comandante interino! Pasme-se, pois.

Vou perguntar a dois ou três camaradas com quem converso frequentemente se têm este material identificador.

Uma saudação bloguista, Paulo Salgado.

segunda-feira, 21 de abril de 2025 às 20:02:00 WEST 
 

(ii) João Moreira 
 
Boa tarde, camaradas:

Recebi os vossos emails, mas infelizmente não posso colaborar, porque não sei onde andará o meu crachá da CCAV 2721.

Pode ser que o Salgado obtenha bons resultados nos contactos que vai fazer. Faço votos para que assim seja.

Abraço, João Moreira

segunda-feira, 21 de abril de 2025 às 20:02:00 WEST 


(iii) João Rodrigues Lobo

 
Pelo blog Luis Graça & Camaradas da Guiné, do qual sou leitor assíduo, soube da sua colecção.
Não sei se procura outros crachás além do de cavalaria que menciona mas, se não o tiver e estiver interessado, terei todo o gosto em enviar-lhe um crachá da Companhia de Transportes 2345, pela qual tive uma curta passagem em 1968, em Angola.

Os melhores cumprimentos, 
João Rodrigues Lobo (ex-alferes miliciano)

(iv) José Carvalho

Parece-me provável que o Coronel Bela Morais tenha curiosidade em saber se algum camarada lhe disponibiliza o almejado crachá que procura e,  não sendo eu quem o possa oferecer (pois não pertenci a essa unidade), transmito somente um grande abraço para um amigo de infância que não revejo há perto de 60 anos.

Tó Guilherme, sou o Zé Júlio, e convivemos muitos anos no Baleal. Tenho esporadicamente tido noticias tuas através do teu irmão J.M.

Na Tabanca Grande sou o José Carvalho e,  no livro Baleal Memórias e Famílias do teu irmão (**), pertenço à família Faria Pimentel. 

Grande abraço José Carvalho


(**) Baleal : memórias e famílias / José Manuel Bela Morais. - Lisboa : Scribe, 2014. - 306 p. : il. ; 24 cm. - ISBN 978-989-8410-37-5 

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Guiné 61/74 - P24882: Memória dos lugares (451): Farim no ano de 1971 (José Carvalho, ex-Alf Mil da CCAÇ 2753)

1. Mensagem do nosso camarada José Carvalho, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2753 (Brá, Bironque, Madina Fula, Saliquinhedim e Mansabá, 1970/72), com data de 22 de Novembro de 2023:

Caros Amigos,

Faço votos para que se encontrem bem.
Ao ver as excelentes fotos com que o Patrício Ribeiro nos presenteou, recordei-me que o dito monumento fazia parte das minhas reportagens fotográficas em Farim, durante o ano de 1971.

Envio então duas fotos: a primeira com o meu amigo Vitor Junqueira, aguardando o transporte para Farim e a segunda no referido monumento ainda completo.

Boa saúde e abraço do
José Carvalho



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Nota do editor

Último poste da série de 23 DE JULHO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24498: Memória dos lugares (450): Quinta de Candoz

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Guiné 61/74 - P24543: Efemérides (405): No dia 8 de Agosto de 1970, zarpou de Lisboa o N/M Carvalho Araújo, levando a bordo a açoriana CCAÇ 2753, aportando em Bissau no dia 17 do mesmo mês (José Carvalho, ex-Alf Mil Inf)

José Carvalho, a bordo do N/M Carvalho Araújo, ao avistar a Ilha de S. Vicente


1. Mensagem do nosso camarada José Carvalho, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2753 (Brá, Bironque, Madina Fula, Saliquinhedim e Mansabá, 1970/72), com data de hoje:


8 de Agosto de 1970

Decorrido mais de meio século, recordo a data de 8 de Agosto, pois foi nesse dia que a CCAÇ 2753, embarcou no N/M Carvalho Araújo, com destino a Bissau - Guiné.

A CCAÇ 2753, maioritariamente constituída por bravos militares açorianos e enquadrada por continentais, com excepção de três sargentos do quadro permanente, era uma companhia independente e muito miliciana.

A Companhia formada no BII 17, em Angra do Heroísmo, deixou aquela cidade em meados de Maio, com destino ao continente, sendo colocada no RI 1, Amadora. O IAO foi realizado na zona de D. Maria – Caneças.

Fez a CCAÇ 2753 parte das forças em parada nas cerimónias do Dia de Portugal, 10 de Junho, no Terreiro do Passo - Lisboa, dia em que as alterações climáticas já se faziam sentir.

Concluído o treino operacional, a Companhia no início de Julho, foi transferida para umas instalações militares desactivadas, situadas na margem sul, no Pragal, a curta distância do Cristo Rei, que eram utilizadas para alojar efectivos, enquanto aguardavam embarque para as ditas Províncias Ultramarinas.

Assim durante cerca de um mês, a independente CCAÇ viveu em independência absoluta, havendo no local rotativamente somente a presença de um sargento e de um oficial, que enquadravam os militares açorianos, que na esmagadora maioria não tinham familiares continentais, para onde se pudessem desenfiar!

Havia necessidade de alimentar a rapaziada e também manter actividades físicas, que não somente as praticadas nas praias da Caparica.

Não foi fácil manter alguma disciplina e controlo dos rapazes açorianos, vendo que os continentais gozavam fins-de-semana prolongados em casa dos seus familiares, desfrutando mais uns dias de férias. 

Assim era raro o dia em que a PM não ia ao Pragal, quase sempre durante a noite, entregar uns tantos que vagueavam por Lisboa e mesmo dada a novidade que para eles eram os comboios, encontravam-se perdidos algures, até na Figueira da Foz… 

 Durante este período registou-se o óbito do Prof. Oliveira Salazar [em 27 de julho de 1970] e a CCAÇ na madrugada do dia seguinte, foi mobilizada para formar três pelotões para as cerimónias fúnebres. Seriam recolhidos por viaturas do RI 1 no final dessa manhã. Gerou-se o pânico nos presentes, pois só estavam nas instalações um aspirante, um furriel e soldados quase só os açorianos.

Depois de alguns contactos telefónicos, a maioria mal sucedidos, com alguns dos ausentes a mais de 200 Km. No meu caso, o telefonema foi recebido em casa dos meus Pais, estando no Baleal a mais de 100 km e aonde na altura só havia um ou dois telefones públicos. Depois de várias diligências, fui “capturado” por um primo que me transportou ao Pragal, aonde cheguei por volta do meio-dia.

Deparo com várias viaturas já com os militares sentados nas mesmas e para meu espanto e sossego já havia aspirantes e furriéis promovidos naquela manhã… Uma meia dúzia ou mais de soldados, tinham tirado das instalações dos oficiais e furriéis os galões e divisas! Era este o grande espírito de corpo desta companhia!

Depois de tudo preparado para seguirmos a caminho dos Jerónimos, eis que surge nova ordem, a libertar a companhia daquela missão!

Chegou por fim a alvorada do dia 8 de Agosto, desta vez fomos transportados para embarque no navio, que havia chegado dias antes, carregado de gado bovino, precisamente dos Açores.

Depois das cerimónias oficiais habituais, lá partiu no final da manha N/M Carvalho Araújo, creio que na sua ultima viagem, rumo a Bissau, com uma escala na Ilha de S. Vicente, aonde desembarcariam umas dezenas de afortunados militares.

José Carvalho, segundo a partir da direita, na Ilha de S. Vicente, Cabo Verde, acompanhado por 3 outros alferes milicianos, companheiros de viagem a caminho da Guiné.


Antes do navio transpor o Bugio, já os nossos soldados protestavam pelas condições que lhe eram proporcionadas, nomeadamente o odor a gado vacum, que se respirava no convés e não só. Somente nos apercebemos que algo não estava bem quando visualizámos alguns colchões a voar para o mar… Serenados os ânimos,  conseguimos acalmar a “rebelião”, mas durante a viagem muitos soldados dormiram sempre no tombadilho.


A 17 de Agosto atracámos em Bissau.

Fotos (e legendas): © José Carvalho  (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complemementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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Nota do editor

Último poste da série de 3 DE AGOSTO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24530: Efemérides (404): Foi há 60 anos que o padre missionário italiano Antonio Grillo (1925-2014), do PIME, foi preso (em 23/2/1963), "sob a acusação de atividades subversivas", e depois expulso de Portugal (libertado, em 4/6/1963, em homenagem ao novo sumo pontífice, o Papa Paulo VI)

domingo, 9 de abril de 2023

Guiné 61/74 - P24212: Fotos à procura de... uma legenda (174): Legendas para as fotos do Ramadão de 1971, na tabanca de Saliquinhedim (K3) (José Carvalho, ex-Alf Mil Inf / Cherno Baldé)

1. O nosso amigo Cherno Baldé prontamente respondeu ao nosso pedido de legendar as fotos que o camarada José Carvalho nos enviou, e que foram publicadas no poste P24207.
O nosso obrigado a ambos.
Ficam agora devidamente ordenadas e legendadas:


Foto 1 - Chegada e antes do início da reza que se inicia com a chegada do Imame acompanhado dos seus discíplos. O grupo deve posicionar-se de acordo com as regras da tradição islâmica, os mais doutos, com maior idade e experiência ficam a frente, junto do Imame. A lógica é simples, nenhum humano é perfeito e infalível, em caso de evidentes falhas ou impossibilidade, deve-se substituir o Imame sem interromper o ritual da reza. A seguir vem o grupo dos mais novos, mulheres e crianças.
Foto 2 - Após a chegada do Imame, dá-se início a reza com a leitura, pelo Imame, de alguns Surats do sagrado Corão, como recomenda a Sunna (prática) do Profeta do Islão, em fileiras unidas e bem compactas, fazendo lembrar o período conturbado do início do Islão no meio de rivalidades, guerras, traições e assassinatos, sobretudo no período que se seguiu a morte do Profeta em Medina.
Foto  3 - Após a leitura dos Surats, os participantes inclinam-se para a sua frente, imitando o Imame, em sinal de submissão e devoção a Alláh, o todo poderoso e misericordioso.
Foto  4 - A seguir à inclinação, o grupo levanta-se ao mesmo tempo para de seguida se prosternar, e com a testa no chão, numa postura de total submissão e devoção a Alláh e ao seu Profeta.
Foto 5
Foto 6
Foto 7
Foto 8
Fotos 5 a 8 A - Na parte final da reza tem lugar o que chamam de "Cutuba" ou Sermão com a participação de um grupo seleto de discíplos e pessoas dedicadas a causa da religião na comunidade, todos do sexo masculino, durante o qual é revisitada a longa história do Islão dos primórdios a actualidade, incluindo partes do periodo Judaico e dos textos do antigo testamento do Cristianismo com particular destaque as peripécias do antes, durante e após a fuga dos Hebreus do Egipto e a épica ou mitológica travessia do mar vermelho com o Profeta Moísés (Mussa para os Árabes) a frente da nação rumo ao deserto do Sinaí e que culmina com a vida e obra do Profeta Muahammad.
Esta parte é a mais importante, mas também é a mais monótona e menos interessante para a rapaziada que já está com os sentidos voltados para as comidinhas que, entretanto, estariam a preparar em casa de maneiras que, não raras vezes, só ficam os mais velhos a acompanhar esta longa narrativa prenhe de recomendações dogmáticas sobre a religião, a vida em comum e a necessidade e fundamentos da preservação dos ensinamentos e da tradição islámicas, a bem da comunidade.

Fotos: © José Carvalho, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2753
Legendagem: Cherno Baldé

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Nota do editor

Vd. poste de 7 DE ABRIL DE 2023 > Guiné 61/74 - P24207: Fotos à procura de... uma legenda (173): O Ramadão de 1971 na tabanca de Saliquinhedim (K3) (José Carvalho, ex-Alf Mil Inf)

sexta-feira, 7 de abril de 2023

Guiné 61/74 - P24207: Fotos à procura de... uma legenda (173): O Ramadão de 1971 na tabanca de Saliquinhedim (K3) (José Carvalho, ex-Alf Mil Inf)

1. Mensagem do nosso camarada José Carvalho, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2753 (Brá, Bironque, Madina Fula, Saliquinhedim e Mansabá, 1970/72), com data de 20 de Fevereiro de 2023:

Caríssimos Luís Graça e Carlos Vinhal

Formulo votos de boa saúde.

Decorrendo o Ramadão, lembrei-me que no meu baú das memórias da nossa Guiné, existiam diapositivos sobre este período, celebrado pelos povos muçulmanos.

Estas fotos foram tiradas em Saliquinhedim (K3) no ano de 1971.

Na altura e mesmo agora os meus conhecimentos sobre o Ramadão são muito escassos, pelo que a sequência das fotos é perfeitamente intuitiva.

Assim, envio-vos estas fotos para se entenderem que se revela interessante a sua publicação, até com eventuais acréscimos de comentários de entendidos no assunto, fica à vossa consideração.

Desejo-vos uma Boa Páscoa.

Abraço,
José Carvalho


Foto 1
Foto 2
Foto 3
Foto 4
Foto 5
Foto 6
Foto 7
Foto 8
Foto 8A

********************

Comentário do editor:

Talvez o nosso amigo Cherno Baldé, especialista em assuntos étnico-linguísticos da Guiné-Bissau, nos possa legendar as fotos quanto aos momentos de oração aqui retratados, especialmente o momento da foto 8A.

Fotos: © José Carvalho, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2753

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Nota do editor

Último poste da série de 2 DE ABRIL DE 2023 > Guiné 61/74 - P24185: Fotos à procura de...uma legenda (172): Ainda a tragédia do Quirafo, de 17 de abril de 1972: comparando as fotos da GMC destruída, de 2005 (Paulo / João Santiago) e de 2010 (Rogério Paupério / José António Sousa)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Guiné 61/74 - P24092: Álbum fotográfico de José Carvalho (4): A CCAÇ 2753, ”Os Barões”, em Mansabá (Parte I)

1. Mensagem do nosso camarada José Carvalho, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2753 (Brá, Bironque, Madina Fula, Saliquinhedim e Mansabá, 1970/72), com data de 20 de Fevereiro de 2023:

Caros Editores e Amigos Luís e Carlos,
Desejo que se encontrem bem.
Com o frio e a chuva permaneço mais tempo em casa, menos campo... e lembrei-me de tentar ampliar o meu reduzido e apelidado álbum fotográfico, no nosso blogue.

Selecionei algumas fotos (diapositivos digitalizados) de Mansabá, que pouco ou nada adiantam às fotografias já disponíveis no blogue, sendo somente o autor e a data das mesmas diferentes, mais propriamente obtidas no 2ºT de 1972, no curto período de permanência da CCaç 2753, neste local.
No entanto estas imagens, têm uma numeração que dada a minha pouca amistosa relação com as informáticas, não consigo eliminá-la. Espero que para especialistas não seja obstáculo maior... para o caso de admitirem algum interesse na sua publicação.

Fazendo força para que o objectivo do Luís se concretize e que o nº 900 seja atingido este ano, envio votos de boa saúde.
Abraço amigo do,
José Carvalho


Foto 10 - Placa toponímica de Mansabá, na entrada do lado de Mansoa e creio que a única existente à altura. Parece mais uma placa de final de localidade…
Foto 11 - Pequeno monumento situado logo a seguir à placa toponímica . Ainda uma pequena edificação “fortificada”, cuja utilização na altura não me recordo!
Foto 12 - Vista aérea parcial das instalações militares. Heliporto, quartos dos oficiais, edifício do comando, messe de oficiais e sargentos e enfermaria(?).
Foto 13 - Bomba de gasóleo, que pertencia a José Leal, proprietário da serração e madeireiro, perto de uma das entradas da tabanca. Era igualmente proprietário de uma “tasca” onde servia umas refeições bem apetitosas. Recordo que nesse local se registou um acidente com o rebentamento de uma granada de mão, que provocou alguns feridos.
Foto 13a - Bomba de combustível civil de Mansaba
Foto 14 - Edificações do aquartelamento.
Foto 15 - Abrigo, que dispunha de uma metralhadora pesada.
Foto 15a - Abrigo da pista(?) visto mais próximo
Foto 16 - Foto da antiga serração, situada a cerca de 2 kms de Mansabá, na estrada de Mansoa. Visualizam-se edificações em ruínas, viaturas ligeiras incendiadas, chassis de viaturas pesadas e sucata de maquinaria da serração, abandonada havia algum tempo, depois de atacada e destruída.
Foto 17 – Eu, no meu quarto cinco estrelas, partilhado algumas semanas com o Alf. Mil. Médico Vazão de Almeida e depois esporadicamente com oficiais em trânsito operacional, nomeadamente comandos africanos. As paredes do quarto estavam bem pintadas, com várias imagens do Pato Donald, desconhecendo a identificação do artista…

Fotos e Legendas: © Alf Mil Inf José Carvalho da CCAÇ 2753
Fotos 13a e 15a editadas e legendadas pelo editor

********************

2. Não é meu hábito comentar directamente nos postes que publico, não sendo de minha autoria, mas abro uma excepção já que me sinto "altamente qualificado" para o fazer.

- Foto 10 - Não sei se esta placa foi inaugurada pela CART 2732 ou se foi restaurada no nosso tempo. Esclareço o José Carvalho que o artista tentou fazer aquela diagonal com as cores verde e rubra da Bandeira da Nação, com as tintas que tinha à mão.

- Foto 11 - A fortificação que se vê à esquerda é o "castelo", um abrigo que tinha instalada uma Breda. Manga de tonco quando havia ataques ao aquartelamento.

- Foto 12 - Referindo-me ao meu tempo, que não diferiu muito do vosso, a Messe de Sargentos era lá muito ao fundo, no enfiamento da porta d'armas. Acho que não é visível. Quanto ao resto, tudo bem.

- Foto 13 - Aquele posto de abastecimento era o último grito em evolução técnica. Lembro-me bem dele.
- Chamar "tasca" à "charmosa sala de jantar" do senhor José Leal e da D. Olinda, é no mínimo falta de consideração. José Carvalho, lembras-te do empregado de mesa, o Agostinho?
- O caso da granada foi um lamentável episódio por se tratar de uma brincadeira estúpida com uma granada de mão ofensiva manipulada pelo homem errado, no local errado,na hora errada e no local errado, Passagem de ano 1971/72, de má memória. O caso passou-se dentro da sala de jantar do senhor José. Os 5 sinistrados foram levados em coluna auto, pelos seus camaradas, ao HM 241.

- Foto 14 - Mansabá era mesmo uma "nação". O que tinha de pior eram os vizinhos, que eram ns arruaceiros.


- Foto 15 - Se bem me lembro este abrigo estava colocado à esquerda, logo no início da pista. Lá ao fundo, consegue vislumbrar-se o abrigo do Moínho onde o nosso amigo Melim manejava como ninguém outra metralhadora pesada. Que será feito dele?

- Foto 16 - "Serração", a partir da qual já nos sentíamos em casa.

Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 30 DE DEZEMBRO DE 2020 > Guiné 61/74 - P21708: Álbum fotográfico de José Carvalho (3): A CCAÇ 2753, ”Os Barões”, e o K3 (II e última Parte)

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Guiné 61/74 - P23289: In Memoriam (437): Belmiro da Silva Pereira (1946-2022), natural de Peniche, morreu aos 75 anos, em 12/2/2022; foi alf mil, CCAÇ 6 (Bedanda, 1969/71); era médico reformado do SNS


Belmiro da Silva Pereira ou só Belmiro Silva Pereira (1946-2022), natural de Peniche,  morreu aos 75 anos, em 12 de fevereiro de 2022. Foi alf mil, CCAÇ 6 (Bedanda, 1969/71). Depois de passar à disponibilidade, completou a licenciatura em medicina, e integrou a carreira de medicina geral e familiar do SNS, tendo chegado a diretor do centro de saúde de Peniche. Foto: Cortesia da Agência Funerária de Peniche, 12/2/2022 (seguramente, do álbum de família).


Peniche > O 1º encontro dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > Um artista português, do tempo dos Beatles... Ao fundo, ao canto esquerdo, um dos bedandendes de 1972/73, o Joaquim Pinto Carvalho, ex-alf mil, hoje advogado, natural do Cadaval, e régulo da Tabanca do Atira-te ao Mar, Porto das Barcas, Lourinhã


Peniche > O 1º encontro dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > O "patrão" da casa, Belmiro da Silva Pereira, dando as boas vindas.


Peniche > O 1º encontro dos bedandenses, em terras do sul... > 28/9/2013 > A tasca secreta do Belmiro > Algures no promontório do Carvoeiro, onde atacámos a sardinhada... Da esquerda para a direita, o Hugo Moura Ferreira, e o Belmiro da Silva Pereira (ex-alf mil, CCAÇ 6, Bedanda, 1969/71), médico, e a alma daquele encontro na sua adorada terra, Peniche). Com o Belmiro, está o seu filho. Foi o 4º encontro dos bedandenses.


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2013). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Lu
ís Graça & Camaradas da Guiné.]

1. Mensagem do José Carvalho, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2753 (BráBironque, Madina Fula, Saliquinhedim e Mansabá, 1970/72), nosso vizinho, amigo e camarada, médico veterinário, e agricultor, residente no Bombarral:


Data - 23/5/2022, 16h30
Assunto - Belmiro Silva Pereira

Caro Amigo Luís,

Desejo que te encontres bem.

Tomei hoje conhecimento, por informação de um familiar que reside perto de Peniche, que o Belmiro faleceu recentemente. (*)

Fui seu colega no Liceu de Leiria e, depois ao longo das nossa vidas encontrámo-nos várias vezes em Peniche, a sua terra natal, onde era adorado pela sua simpatia, popularidade e também pela competência na actividade de Médico.

Recordo o Belmiro, como um amigo irradiando alegria e boa disposição.

Embora me pareça que não fazia parte da nossa tertúlia, lembrava-me de um encontro de bedandenses, que ele organizou em sua casa (P12102) (**) e assim aqui vai mais uma triste notícia.

Um grande abraço do José Carvalho

 

2. Resposta do editor LG:

Obrigado, José, pela partilha desta dolorosa notícia de mais um camarada da Guiné que se despede da Terra da Aegria.

Conheci o Belmiro Pereira da Silva nessa altura, no convívio dos bedandenses, de 28/9/2013 ... Estou desolado.

Temos dois postes referentes a esse convívio (P12102 e P12109) (**), com fotos minhas e do Hugo Moura Ferreira. São, de resto, as únicas referências que temos no blogue ao seu nome, Não temos nenhuma foto dele em Bedanda. Gostava que ele entrasse a título póstumo para a Tabanca Grande, se a família (esposa e filho) não se opuser. Seria uma justa homenagem.

Foi um belo convívio, esse, do final do verão de 2013, de que ainda hoje guardo gratas memórias...

Bom, esse 4.º encontro do pessoal que passou por Bedanda, realizou-se Peniche, o 1.º em terras do sul,  sob organização hopsitaleira e calorosa do Belimiro da Silva Pereira, que só então vim a saber que tinha sido alf mil da CCAÇ 6, em 1969/71. 

Esse convívio, num sítio secreto, junto ao Cabo Carvoeiro, juntou três dezenas e meia de bedandenses, familiares e amigos.

Vim a saber, em conversa com ele, que já estava no 2.º ano de medicina, creio que em Coimbra, quando foi chamado para a tropa. Na altura não deu as habilitações académicas corretas, pelo que foi parar ao contingente geral. Mas alguém (se não erro, o capitão) descobriu a marosca e o nosso Belmiro lá foi, contrariado, para a EPI, para o COM, em Mafra. 

Quis o azar que, depois, fosse parar com os quatro costados ao então tão temido TO da Guiné. De rendição individual, como os demais graduados e especialistas metropolitanos das companhias africanas, lá foi fazer a guerra em Bedanda, na CCAÇ 6.

Quem foi do seu tempo, ou que ainda o apanhou em Bedanda foi o nosso grã-tabanqueiro João Martins, ex-alf mil art, comandante de um Pel Art. Dos bedandenses do blogue, ou meus conhecidos, estiveram presentes, o Hugo Moura Ferreira, o Rui Santos e João Martins, eu, a Alice, o Joaquim Pinto Carvalho  mais a esposa, Maria do Céu, e ainda o Belarmino Sardinha e a esposa.

O grande ausente, por razões de saúde, foi o nosso querido (e já saudoso) Tony Teixeira, de Espinho.  

Eu já conhecia o Belmiro de Peniche, meu vizinho portanto. Tínhamos amigos comuns na Lourinhã (a quem dei explicações quando putos ...),  e sei que estudara em Leiria com amigos meus do tempo da escola primária. Estava longe de o imaginar na Guiné na mesma altura que eu, em 1969/71, e também numa companhia africana: ele na CCAÇ 6, eu na CCAÇ 12, ele bedandense, eu bambadinquense... Mas uma vez concluí, nesse já longínquo dia 28 de setembro de 2013,  que o Mundo era Pequeno e que a Nossa Tabanca era... Grande.

O Belmiro, como diz o José Carvalho,  o nosso "barão do K3", era de facto uma figura muito popular em Peniche, como homem e depois como médico, mas confesso que não era pessoa das minhas relações pessoais. Creio que estivemos juntos em encontros (profissionais) dos médicos de clínica geral e familiar, nos anos 80/90. Ele foi diretor do centro de saúde de Peniche. Mas não voltámos mais a encontrarmo-nos depois de 2013. Sei que o pai era também uma figura popular na sua terra, conhecido como o Chico Futuro, dono de um traineira que andava na pesca da sardinha, segundo imformação do nosso camarada Joaquim Jorge, de Ferrel.

É mais que justo este IN Memoriam no nosso blogue (*). Descobri entretanto, uma notícia da agência funerária local, no Facebook, das poucas referências que encontrei: afinal, o nosso camarada Belmiro da Silva Pereira já fora a enterrar há 3 meses, em 14 de fevereiro de 2022. 

Segundo a sua página no Facebook, nasceu em 22 de setembro de 1946.

Já dei conhecimento à malta de Bedanda e a outros que o conheceram, da Lourinhã e de Peniche. E pedi ao Joaquim Pinto Carvalho, ao Rui Santos e ao Hugo Moura Ferreira para darem a triste notícia aos demais bedandenses, de quem não temos o endereço de email. As nossas condolências, embora tardias, à esposa, ao filho e demais amigos e camaradas que lhe eram mais próximos. LG


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > 1969 > Álbum fotográfico do João Martins > Foto nº 125/199 > Casa do chefe de posto


Foto (e legenda): © João José Alves Martins (2012)  Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22394: Tabanca Grande (522): Ildeberto Medeiros ex-1º cabo condutor auto, CCAÇ 2753, "Os Barões" (Brá, Bironque, Madina Fula, Saliquinhedim/K3 e Mansabá, 1970/72): açoriano de Ginetes, Ponta Delgada, a viver em New Bedford, senta-se no lugar nº 845, à sombra do nosso fraterno e sagrado poilão

 



Ildeberto Medeiros senta-se à sombra do poilão da Tabanca Grande, 
no lugar n.º 845


1. Finalmente fica apresentado à Tabanca Grande o Ildeberto Medeirios, que foi 1.º cabo condutor auto, CCAÇ 2753, "Os Barões" (Brá, Bironque, Madina Fula, Saliquinhedim/K3 e Mansabá, 1970/72) (*), vindo assim juntar-se no nosso blogue, aos outros três "barões" que já cá estavam: os ex-alf mil Vítor Junqueira e José Carvalho, e o ex-fur mil Francisco Godinho, mas nenhum deles açoriano.  



O Ildeberto Medeiros e a esposa

Fotos (e legendas): © Ildeberto Medeiros (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


2. O Ildeberto Medeiros, açoriano, vive nos Estados Unidos da América. Pelo que sabemos, da sua página do Facebook;

(i) é natural de Ginetes, concelho de Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, Açores;

 (ii) nasceu em 23 de maio de 1949; 

(iii) andou na escola Escola Secundária Antero de Quental, Ponta Delgada; 

(iv) vive em New Bedford, estado de Massachusetts, EUA; 

(v) é casado; 

(vi) está reformado...

3. Comentário do editor LG:

Meu caro Berto (como te chamam os amigos do peito): és bem vindo, quer como "barão do K3", quer como nosso patrício dos Açores, a viver agora na diáspora lusitana... 

Louvo o teu esforço por chegares até nós e, finalmente, poderes cumprir as devidas formalidades e sentar-te à sombra do nosso sagrado e fraterno poilão. 

O teu lugar é o n.º 845. Sei que és sportinguista e que vais ficar ao lado de um portista, o Manuel Domingos Ribeiro, o n.º 844 (**). Mas aqui cabemos todos, independemente das nossas opções políticas, religiosas, futebolísticas, etc., ou das nossas diferenças de origem social, geográfica, étnica, etc. O que nos une é a camaradagem, fortalecida pelas memórias, boas e más,  da Guiné (1961/74).

O teu nome passa a figurar na coluna (estática), do lado esquerdo, do nosso blogue, na Lista Alfabética dos Amigos e Camaradas da Guiné.

Vês se nos mandas mais fotos do teu tempo de Guiné, com boa resolução e as respetivas legendas. Vou-te mandar os contactos do João Crisóstomo, que vive em Queens, Nova Iorque, e que é o régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona. Ele vai-te escrever e mandar s seus contactos, nomeadamente telefónicos. Ele vai gostar de poder falar contigo, se nos mandares, a  ele e a nós, o teu nº de telefone / telemóvel (, que naturamente não será divulgado no blogue).

Há muitos camaradas nossos, açorianos, madeirenses e continentais, que vivem nos EUA (e no Canadá) e que ainda não nos conhecem. Conto contigo para divulgares o nosso blogue, e para continuares a comentar os nossos postes. É também uma boa forma de afirmar a nossa língua materna na Internete. Vê se consegues sobretudo trazer mais açorianos até ao nosso blogue e à Tabanca Grande, que é a mãe de todas as tabancas... 

Boa saúde e longa vida, na companhia da tua esposa. Mantenhas (saudações em crioulo da Guiné). 
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